Os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, apresentaram uma resolução à Assembleia Geral da ONU com o objetivo de encerrar rapidamente o conflito na Ucrânia. Diferente de resoluções anteriores que apoiavam explicitamente a integridade territorial ucraniana, o texto proposto não menciona a questão, o que gerou críticas. A resolução pede por uma paz duradoura entre Ucrânia e Rússia, mas sem detalhar as causas ou as responsabilidades do conflito, o que foi apontado como uma omissão importante pelo embaixador russo na ONU.
A proposta reflete a posição da administração Trump, que pressionou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a negociar com a Rússia, sem exigências claras para a preservação territorial ucraniana. Além disso, o governo dos Estados Unidos tem buscado garantir acesso das empresas americanas aos minerais ucranianos, uma questão que tem gerado tensões. O presidente Trump defende que a Ucrânia permita a exploração de seus recursos como compensação pela ajuda financeira fornecida pelos Estados Unidos durante o governo de seu antecessor, Joe Biden.
A Ucrânia, por sua vez, exige garantias de segurança em troca do acesso aos seus recursos naturais, e a proposta americana tem sido vista como uma ameaça à coesão europeia, que continua a apoiar a integridade territorial ucraniana. Na Assembleia Geral da ONU, que marcará o terceiro aniversário da invasão russa, os europeus e a Ucrânia defenderão uma resolução que reforça os esforços diplomáticos para a retirada das tropas russas e o fim dos ataques, buscando o apoio de uma ampla maioria entre os países membros.