No final de janeiro, o grupo jihadista Hurras al Din anunciou sua dissolução, alegando que a decisão foi tomada após a queda do regime de Bashar al Assad na Síria. A organização, vinculada à Al-Qaeda e com base no noroeste do país, afirmou que o avanço de uma coalizão rebelde liderada pelo grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS) resultou na mudança de sua estratégia. As novas autoridades sírias, após a queda de Assad, também indicaram a intenção de que todos os grupos armados se dissolvessem.
Apesar do anúncio, as operações militares contra membros do Hurras al Din não cessaram. Em 22 de fevereiro, o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) informou a morte de Wasim Tahsin Bayraqdar, um alto membro do grupo, em um ataque aéreo de precisão no noroeste da Síria. Os Estados Unidos, presentes no país como parte de uma coalizão internacional que combate o grupo Estado Islâmico (EI), realizam ataques regulares contra grupos jihadistas na região.
A morte de Bayraqdar foi a mais recente de uma série de eliminações de líderes do Hurras al Din. Em fevereiro, o exército americano anunciou a morte de outro alto dirigente, sem revelar sua identidade, responsável por finanças e logística da organização. Essas operações fazem parte de uma estratégia mais ampla para enfraquecer a presença de grupos jihadistas no território sírio, mesmo diante das mudanças políticas no país.