Os Estados Unidos e a Ucrânia chegaram a um acordo sobre a exploração de recursos minerais, essencial para fortalecer a posição da Ucrânia na guerra contra a Rússia. O acordo, que envolve minerais críticos como terras raras, titânio e urânio, visa atrair investimentos internacionais e reforçar as capacidades de defesa do país. A Ucrânia, que possui grandes reservas de minerais essenciais para setores como aviação, energia nuclear e eletrônicos, vê neste pacto uma oportunidade de consolidar seu apoio internacional, especialmente de aliados estratégicos como os EUA.
A pressa de Donald Trump em buscar uma resolução rápida para o conflito com a Rússia tem gerado preocupações sobre concessões que poderiam prejudicar a segurança da Ucrânia. O governo ucraniano já havia expressado insatisfação com uma proposta anterior, alegando que a ajuda dos EUA não correspondia ao valor dos recursos naturais do país. Além disso, Kiev busca garantir que qualquer acordo inclua compromissos claros de segurança. Zelensky, presidente da Ucrânia, tem enfatizado que a exploração dos minerais será feita em parceria com aliados, sem comprometer a soberania ucraniana.
As terras raras, essenciais para a produção de ímãs de alta performance utilizados em diversas indústrias, são um ponto crucial do acordo. A China domina a produção e processamento global desses minerais, e a Ucrânia, com depósitos significativos, busca diversificar suas parcerias. A mineração de terras raras, embora abundante, exige processos tecnológicos complexos e envolve riscos ambientais e de saúde, o que torna o controle dessa cadeia produtiva um ativo estratégico em um contexto geopolítico tenso.