O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (18), que os EUA e a Rússia formaram equipes para começar negociações formais visando o fim da guerra na Ucrânia. A decisão foi tomada após uma reunião bilateral entre autoridades dos dois países, em Riade, na Arábia Saudita, que abordou a situação do conflito. Durante o encontro, os secretários de Estado dos EUA e da Rússia, Marco Rubio e Sergei Lavrov, respectivamente, comprometeram-se a acelerar as negociações. No entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que seu país não aceitará propostas de paz oriundas dessa mediação.
O encontro em Riade foi o primeiro diálogo oficial entre as autoridades americanas e russas sobre um possível acordo de paz. A reunião segue uma conversa recente entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, que acordaram a necessidade de iniciar as tratativas para encerrar o conflito na Ucrânia. Durante o encontro, também foram discutidos temas como a restauração das relações bilaterais entre os dois países e um possível encontro futuro entre os presidentes. Além disso, as autoridades americanas e russas trataram de questões como segurança na Ucrânia e a participação do país em alianças militares, como a Otan.
O contexto das negociações gerou reações na Europa, especialmente após a decisão de Trump de isolar os aliados europeus do debate sobre o futuro da Ucrânia. Em paralelo, houve discussões sobre uma possível cooperação econômica entre os EUA e a Rússia, com foco no mercado de energia global. As conversas também envolveram temas como a restauração da diplomacia entre os dois países, que foi severamente prejudicada após a invasão russa da Ucrânia em 2022.