Os Estados Unidos mantêm uma grande reserva de ouro, estimada atualmente em cerca de 261,5 milhões de onças, com valor superior a US$ 770 bilhões, a preços de mercado. No entanto, uma parte significativa desse metal precioso é armazenada em diferentes locais, como Denver, West Point e no Federal Reserve de Nova York. A questão da quantidade real de ouro disponível gerou discussões públicas, especialmente após declarações do CEO da Tesla, Elon Musk, sugerindo a possibilidade de que parte do ouro armazenado em Fort Knox poderia não estar mais lá.
Embora o ouro seja um ativo importante para o país, a sua venda ou reavaliação a preços de mercado não seria suficiente para resolver os problemas financeiros do governo. O preço de referência do ouro, de US$ 42,22 a onça-troy, foi estabelecido nos anos 1970 e permanece o mesmo até hoje. Tentativas de reavaliar o metal a preços atuais já ocorreram, mas até o momento não houve avanços significativos nesse sentido, com a mudança dependente de uma lei do Congresso.
Além disso, especialistas como George Milling-Stanley alertam que o valor do ouro nas reservas não seria nem de longe suficiente para quitar a dívida federal dos Estados Unidos. A quantia total de ouro disponível no mundo, de acordo com o World Gold Council, é estimada em US$ 20,5 trilhões, um valor muito abaixo da dívida dos EUA, que ultrapassa os US$ 30 trilhões. O debate sobre as reservas de ouro segue como parte de discussões mais amplas sobre a gestão fiscal do país.