Os Estados Unidos e Israel ameaçaram interromper o cessar-fogo na Faixa de Gaza caso o Hamas não cumpra o calendário de entrega de reféns. A tensão aumentou com a declaração do ex-presidente Donald Trump, que, em conversa com o rei da Jordânia, discutiu o futuro da região e as condições do cessar-fogo. Trump exigiu a libertação completa dos reféns até o final da semana, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também indicou a possibilidade de retomar os ataques a Gaza caso os reféns não sejam liberados.
Além das questões sobre o cessar-fogo, o rei Abdullah II da Jordânia se manifestou contra o plano proposto por Trump para transferir palestinos da Faixa de Gaza para a Jordânia e o Egito, em troca da ajuda financeira dos Estados Unidos. Apesar disso, o monarca se comprometeu a receber 2 mil crianças palestinas doentes para tratamento médico na capital jordaniana, Amã. Ele ressaltou a importância da cooperação regional para alcançar a paz no Oriente Médio.
O Hamas, por sua vez, afirmou que as ameaças de Trump e Netanyahu são apenas retóricas, defendendo que a única forma de libertar os reféns seria com o fim da guerra em Gaza. Nos últimos dias, o grupo suspendeu a entrega programada de reféns, acusando Israel de violar o cessar-fogo ao restringir a ajuda humanitária e impedir o retorno de palestinos ao norte da região. A situação permanece tensa, com pouca perspectiva de resolução no curto prazo.