Dados revelados sobre os serviços secretos britânicos indicam que a Rainha Elizabeth II foi informada apenas nove anos após a descoberta de um espião soviético em sua corte. Anthony Blunt, responsável pela supervisão da Coleção Real de Arte, confessou em 1964 que atuava como espião para a União Soviética desde os anos 1930. Apesar da gravidade da situação, quando a monarca foi finalmente informada após sua morte, reagiu com calma, sem surpresa. Blunt, falecido em 1983, não foi o único espião que influenciou momentos decisivos da história.
A espionagem durante os conflitos mundiais, especialmente a Segunda Guerra Mundial, teve figuras como Mata Hari, uma dançarina acusada de trabalhar como espiã dupla entre França e Alemanha, e Richard Sorge, que ajudou a União Soviética a evitar desastres no front oriental ao alertar Stalin sobre as intenções de Hitler. No entanto, nem todos os alertas foram levados a sério, como no caso de Dusko Popov, cujas informações sobre o ataque a Pearl Harbor foram ignoradas pelas autoridades americanas na época.
Além desses exemplos, o trabalho de Markus Wolf, líder da divisão de espionagem da Alemanha Oriental, se destaca por suas táticas inovadoras. Wolf comandou operações de inteligência durante a Guerra Fria e foi fundamental na obtenção de informações valiosas. Mesmo após sua aposentadoria em 1986, ele foi absolvido das acusações de traição, destacando a complexidade e as implicações éticas envolvidas no mundo da espionagem. A história desses espiões revela o impacto profundo que tais figuras tiveram em momentos decisivos da história mundial, muitas vezes alterando o curso de eventos com suas ações secretas.