Um painel composto por 14 especialistas internacionais revisou as evidências que levaram à condenação de uma enfermeira britânica, apontando falhas nos registros médicos e nos cuidados hospitalares durante o período em que ela trabalhou. O grupo concluiu que não havia indícios de crime nas mortes de sete bebês, sugerindo que causas naturais ou erros médicos poderiam ser os responsáveis pelos óbitos, ao contrário das alegações feitas durante o julgamento.
A enfermeira foi condenada por matar sete recém-nascidos e tentar matar outros sete em um hospital no Reino Unido, sendo sentenciada a prisão perpétua. Durante o processo, sua defesa argumentou que a condenação se baseou em evidências médicas equivocadas. Segundo os especialistas revisores, o hospital enfrentava problemas graves, como a falta de pessoal qualificado e falhas em procedimentos médicos essenciais, o que poderia ter contribuído para a morte das crianças.
A revisão médica gerou controvérsias, especialmente em relação ao papel de um dos principais especialistas da acusação, cujas conclusões foram questionadas pelos revisores. Uma investigação pública separada sobre falhas no hospital ainda está em andamento e deve ser concluída no próximo mês. Essa investigação tem como objetivo responsabilizar os profissionais e a administração do hospital, mas não reavaliará diretamente as evidências que levaram à condenação da enfermeira.