Nos Estados Unidos, a escassez e o aumento de preços dos ovos se tornaram um problema crescente, afetando consumidores e gerando uma alta nos índices de inflação. Em um ano, o preço da dúzia de ovos dobrou, passando de US$ 2,51 para US$ 4,77, o que tem levado a restrições de venda em alguns supermercados. A alta também afetou empresas como a Waffle House, que introduziu uma cobrança adicional de US$ 0,50 por ovo em seus pratos. Além disso, casos de roubo de grandes quantidades de ovos também foram registrados, mostrando a intensidade da crise.
O principal fator para essa escassez é um surto de gripe aviária, que desde 2022 tem devastado granjas pelo país. O vírus H5N1 afetou milhões de aves, levando ao sacrifício de mais de 130 milhões de galinhas, o que reduziu drasticamente a produção de ovos. Esse processo de erradicação, necessário para evitar a propagação do vírus, faz com que a produção leve meses para se recuperar, agravando a falta de oferta e impulsionando o aumento de preços.
Especialistas apontam que não se espera uma queda nos preços enquanto o surto de gripe aviária não for controlado. O consumo de ovos nos Estados Unidos é elevado, com a média anual por pessoa ultrapassando 280 unidades, o que, combinado com a baixa oferta, pressiona ainda mais os custos. A questão continua a impactar especialmente as famílias de menor renda, que são as mais afetadas pela inflação alimentícia.