Assessores comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estavam finalizando na última terça-feira (11) os planos para a implementação de tarifas recíprocas, prometidas por ele a todos os países que impõem taxas sobre as importações norte-americanas. A medida eleva os temores de uma guerra comercial internacional, especialmente após a decisão de Trump de aplicar tarifas sobre as importações de aço e alumínio, que começam em 12 de março. A decisão gerou reações negativas de países como México, Canadá e União Europeia, enquanto Japão e Austrália buscaram isenções.
A imposição de tarifas sobre produtos chineses, efetiva desde 4 de fevereiro, também gerou represálias por parte da China, intensificando a tensão comercial. Além disso, Trump adiou por um mês as tarifas sobre as importações de México e Canadá, dando tempo para negociações focadas na segurança das fronteiras dos EUA e no combate ao tráfico de fentanil. A medida afetou principalmente empresas que dependem de aço e alumínio, que se prepararam para um aumento nos custos de produção.
Apesar dos anúncios sobre as tarifas já começarem a impactar setores econômicos e gerar incertezas nas cadeias de suprimentos, o governo manteve sigilo sobre a estrutura e o cronograma das próximas medidas. Trump mencionou que anunciará as tarifas recíprocas em breve, incluindo possibilidades de tarifas sobre carros, semicondutores e medicamentos. Especialistas afirmam que a elaboração dessas tarifas representa desafios logísticos significativos para sua equipe.