Neste domingo (9), quase 14 milhões de equatorianos vão às urnas para eleger o próximo presidente do país, em um processo marcado por uma crescente polarização política. O pleito ocorre sob vigilância de forças de segurança, com o objetivo de garantir a tranquilidade durante a votação, especialmente após o recente aumento da violência relacionada ao tráfico de drogas. O governo do presidente Daniel Noboa, que busca reeleição, adotou medidas rigorosas, como a militarização de áreas estratégicas e o fechamento temporário das fronteiras, em resposta a ameaças de desestabilização.
O processo eleitoral conta com a participação de 16 candidatos, sendo a disputa principal entre Noboa, do movimento de direita Ação Democrática Nacional (ADN), e Luisa González, do partido de esquerda Revolução Cidadã, fundado pelo ex-presidente Rafael Correa. A eleição ocorre com um cenário de incertezas, pois embora pesquisas indiquem uma possível vitória de Noboa no primeiro turno, há também a possibilidade de um segundo turno em abril. Cada candidato apresenta propostas distintas para enfrentar os desafios econômicos e sociais que marcam o momento atual do país.
O sistema eleitoral equatoriano exige que todos os cidadãos entre 18 e 65 anos votem, com penalidades para quem não comparecer. O voto inclui a escolha do presidente e vice-presidente, além de legisladores nacionais e provinciais. Se nenhum candidato alcançar 50% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo colocado, um segundo turno será realizado em abril.