Quase 14 milhões de equatorianos vão às urnas neste domingo, 9 de fevereiro, para escolher o próximo presidente do país, em um cenário de crescente tensão política e social. A eleição está polarizada entre o atual presidente Daniel Noboa, que busca a reeleição após a saída antecipada de seu antecessor, e Luisa González, candidata do partido de esquerda Revolução Cidadã. Em meio a esse ambiente, Noboa tem implementado medidas de segurança, como a militarização de regiões estratégicas e o fechamento das fronteiras durante o período eleitoral, citando a ameaça de desestabilização por grupos armados.
Além da disputa presidencial, os eleitores também escolherão os legisladores nacionais, provinciais e do Parlamento Andino. O voto é obrigatório para cidadãos entre 18 e 65 anos, com sanções para quem não comparecer. Em caso de nenhum candidato alcançar 50% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais, haverá um segundo turno no dia 13 de abril. A última pesquisa de intenção de votos mostra Noboa liderando a corrida, com uma margem considerável sobre González, mas outros candidatos ainda apresentam uma base de apoio modesta.
O novo presidente terá pela frente desafios consideráveis, incluindo uma grave crise de segurança derivada de conflitos carcerários e uma situação energética delicada, marcada por apagões em várias regiões devido à seca prolongada que afetou a geração hidrelétrica. O governo de Noboa também enfrenta críticas internacionais, especialmente após uma polêmica envolvendo a invasão da embaixada do México em Quito. O novo mandato começará em 24 de maio de 2025, e o próximo governante terá de lidar com essas questões enquanto busca reposicionar o Equador no cenário internacional.