O Equador realiza neste domingo (9/2) as eleições presidenciais e parlamentares para o período de 2025 a 2029, com mais de 11 milhões de eleitores. O atual presidente, Daniel Noboa, disputa a reeleição contra 15 candidatos, sendo Luisa González, representante do partido Revolução Cidadã, a mais bem posicionada nas pesquisas. O cenário eleitoral é incerto, com alguns levantamentos indicando vitória de Noboa e outros apontando a possibilidade de um segundo turno entre ele e González. Noboa, que assumiu o governo após a dissolução do Parlamento em 2023, é visto como um candidato próximo a interesses econômicos liberais, enquanto González busca reativar a economia com maior participação estatal e menor dependência do petróleo.
A crescente violência no país tem sido um dos principais temas desta eleição. Com um aumento expressivo nos homicídios nos últimos anos, o Equador enfrenta uma crise de segurança, agravada por confrontos entre facções criminosas. O governo de Noboa tem adotado uma abordagem de combate direto ao crime organizado, com a declaração de conflito armado interno e o uso das Forças Armadas para aumentar a segurança. Contudo, especialistas apontam que essas medidas, embora eficazes no curto prazo, podem não resolver os problemas estruturais do país, como a relação entre o tráfico de drogas e setores econômicos como a exportação e a lavagem de dinheiro.
Em meio a essa crise, as propostas dos candidatos também refletem diferentes visões para o futuro do país. Noboa, associado a uma agenda econômica mais liberal, e González, com uma postura mais voltada para o fortalecimento do Estado, se enfrentam em um contexto de grande polarização. A violência e a insegurança, que antes não eram prioridades eleitorais, se tornaram agora o principal fator de decisão para os eleitores, e essa questão tem sido determinante para a configuração do cenário eleitoral atual.