Em 2024, o Equador rompeu relações diplomáticas com o México após uma operação policial na Embaixada do México em Quito, onde foi detido um ex-vice-presidente equatoriano. O governo mexicano havia concedido asilo político ao político, que estava na embaixada desde 2023, o que gerou um conflito, já que a entrada de agentes em missões diplomáticas é regulada por acordos internacionais. A invasão foi vista como uma violação desses acordos, particularmente a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961.
Como resposta à crise, o presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou uma tarifa de 27% sobre produtos mexicanos, alegando a necessidade de promover um tratamento mais justo para as empresas equatorianas. Noboa expressou apoio a acordos de livre comércio, incluindo com o México, mas enfatizou que tais acordos não deveriam envolver abusos. A tarifa será mantida até que o Equador e o México cheguem a um novo entendimento comercial.
O anúncio de Noboa ocorre em um contexto tenso, após os Estados Unidos também aplicarem tarifas sobre produtos mexicanos, embora esta medida tenha sido posteriormente suspensa após negociações. A situação reflete uma crescente tensão internacional e pode impactar as futuras relações comerciais e diplomáticas entre os dois países. Noboa também se prepara para as eleições gerais no próximo domingo, nas quais concorre à reeleição.