A pré-eclâmpsia é uma condição gestacional que geralmente se manifesta após a 20ª semana de gravidez, caracterizada por hipertensão arterial e, em alguns casos, pela perda de proteínas na urina. A doença ocorre quando os vasos sanguíneos da placenta não se adaptam adequadamente, impedindo o fluxo de sangue e comprometendo a nutrição do feto. Se não tratada, pode levar a complicações graves como a eclâmpsia, que causa convulsões, e a síndrome de Hellp, que afeta a função de órgãos vitais, como os rins e o fígado.
Embora as causas exatas da pré-eclâmpsia ainda não sejam totalmente compreendidas, sabe-se que fatores de risco como gravidez na primeira gestação, idade materna avançada (abaixo de 18 anos ou acima de 40), hipertensão crônica, diabetes, obesidade e antecedentes familiares podem aumentar as chances de desenvolvimento da doença. Além disso, a ocorrência de gêmeos também é um fator relevante. O acompanhamento médico regular durante a gravidez é fundamental para identificar e tratar precocemente essas complicações.
O tratamento da pré-eclâmpsia envolve principalmente o controle da pressão arterial, utilizando medicações que podem ser orais ou injetáveis. Além disso, recomenda-se uma alimentação balanceada, repouso e aumento da ingestão de líquidos, além de um acompanhamento pré-natal rigoroso. A profilaxia, que inclui o uso de medicamentos como cálcio e AAS infantil, pode ser eficaz para gestantes com alto risco, sendo mais eficaz quando iniciada antes da 16ª semana de gestação.