A tendinite calcária é uma condição caracterizada pelo acúmulo de cristais de cálcio nos tendões do manguito rotador, especialmente no tendão supraespinhal, o que provoca dor intensa e limitações de movimento no ombro. Essa doença afeta principalmente mulheres entre 40 e 60 anos e pode ser assintomática por um tempo, manifestando-se de forma gradual ou em crises agudas. Embora a causa exata seja desconhecida, fatores degenerativos, metabólicos e genéticos estão associados ao seu desenvolvimento. Estima-se que 7,5% da população sofra com essa condição, e até 25% dos casos envolvem dor em ambos os ombros.
Os principais sintomas da tendinite calcária incluem dor forte ao mover o braço, rigidez, limitação de movimentos e episódios de dor aguda. O diagnóstico é feito através de exames clínicos e de imagem, como radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Embora, em cerca de 60% dos casos, os cristais de cálcio possam ser reabsorvidos espontaneamente, muitas pessoas ainda experimentam dor persistente, necessitando de intervenções terapêuticas. Entre as opções de tratamento estão a drenagem minimamente invasiva guiada por ultrassom, a terapia por ondas de choque e, em casos mais graves, a artroscopia.
É fundamental um diagnóstico preciso, já que a tendinite calcária pode ser confundida com outras condições, como bursite ou lesões do manguito rotador. Ao buscar orientação médica especializada, é possível encontrar o tratamento adequado para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida. Com as terapias certas, os pacientes podem recuperar a mobilidade e retomar suas atividades diárias, como demonstrado no caso de Maria, que após optar pela terapia por ondas de choque, experimentou uma melhora significativa em poucas semanas.