Em janeiro de 2025, a capital paulista registrou o menor índice de endividamento familiar em 3,5 anos, com 62,7% das famílias endividadas, o que representa 2,74 milhões de lares. Esse número reflete uma queda significativa de 5,5 pontos percentuais em relação a dezembro de 2024, quando o índice era de 68,2%, e uma redução de 6,3 pontos em comparação com janeiro do ano anterior. O cartão de crédito continua sendo a principal forma de endividamento, afetando 83,1% das famílias endividadas, seguido por crédito pessoal, financiamento imobiliário e carnês.
A inadimplência na capital paulista permaneceu estável em 19,6%, afetando cerca de 800 mil famílias, embora tenha mostrado uma queda em relação ao mesmo período do ano anterior, quando estava em 21,8%. Entre as famílias com rendimentos mais baixos, a inadimplência aumentou ligeiramente de 22,7% para 23,1%, enquanto nas famílias com renda mais alta houve uma redução de 11,5% para 10,9%. Esses dados indicam uma distinção nas dificuldades financeiras de acordo com o nível de renda.
A pesquisa também revelou uma queda na intenção de contrair crédito nos próximos três meses, com 18,1% dos entrevistados manifestando essa intenção, abaixo do recorde de 21,2% registrado em novembro de 2024. Fatores como a alta dos juros e a inflação dos alimentos contribuem para essa redução. O tempo médio de comprometimento com dívidas também aumentou, passando de 7,4 para 7,6 meses, enquanto a porcentagem da renda comprometida com dívidas subiu de 29,4% para 29,8%.