O endividamento das famílias na cidade de São Paulo teve uma redução significativa em janeiro, atingindo o menor nível desde agosto de 2021, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). O índice de famílias endividadas caiu de 68,2% em dezembro para 62,7% no primeiro mês de 2025, também apresentando uma diminuição em comparação com janeiro do ano passado, quando a taxa era de 69%. No entanto, apesar da queda no endividamento, a inadimplência permanece estável, com 2,74 milhões de lares ainda enfrentando dificuldades financeiras na cidade.
Os dados apontam que o cartão de crédito continua sendo a principal forma de endividamento, com 83,1% dos entrevistados reportando dívidas nesse setor. Outros tipos de crédito relevantes são o financiamento imobiliário (13%), o crédito pessoal (14%) e os carnês (11,8%). A pesquisa também indicou que 18,1% das famílias consideram contrair mais crédito nos próximos três meses, uma diminuição em relação ao pico de 21,2% registrado em novembro de 2024. Este comportamento reflete a alta nos juros e a inflação dos alimentos, fatores que têm desestimulado novos empréstimos.
Outro aspecto analisado pelo estudo foi o aumento no tempo médio de comprometimento com dívidas, que passou de 7,3 meses em novembro para 7,6 meses em janeiro. Além disso, o percentual da renda comprometida com dívidas também teve um ligeiro aumento, subindo de 29,4% para 29,8% entre dezembro e janeiro. Embora o índice ainda seja considerado saudável, essa tendência sugere uma crescente dependência do crédito para a manutenção do orçamento familiar. Para as famílias com renda de até dez salários mínimos, o endividamento teve uma leve redução, enquanto para os que ganham acima desse valor, a queda foi menos expressiva.