Em janeiro, o endividamento das famílias paulistas alcançou o menor nível desde agosto de 2021, com 62,7% da população endividada, o que representa uma queda significativa em relação a dezembro (68,2%). No entanto, o tempo médio de comprometimento com dívidas cresceu, atingindo 7,6 meses, e o percentual da renda comprometida também subiu, chegando a 29,8%. As dívidas mais comuns incluem o cartão de crédito, crédito pessoal e financiamento imobiliário, refletindo a pressão do consumo devido a juros mais altos e a inflação, especialmente no setor de alimentos.
Além disso, o número de famílias inadimplentes também apresentou uma leve queda, com 19,6% dos entrevistados sem condições de pagar suas dívidas. Embora esse índice tenha ficado estável em relação a dezembro, ele está abaixo dos 21,8% registrados no mesmo mês do ano anterior. A inadimplência entre as famílias com renda mais baixa aumentou, o que pode ser atribuído ao impacto da inflação nos gastos com alimentação, um dos principais itens do orçamento dessas famílias.
Apesar dessa redução nos índices de endividamento e inadimplência, a situação econômica continua desafiadora. A desaceleração da economia e o aumento do custo do crédito podem afetar a capacidade de pagamento das famílias, especialmente se o mercado de trabalho sofrer uma desaceleração. A FecomercioSP alerta que, mesmo com o desemprego ainda baixo, a manutenção da inadimplência dependerá de uma recuperação econômica mais sólida.