Durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas em Brasília, autoridades federais e municipais abordaram os principais desafios que as prefeituras enfrentam para garantir a mobilidade urbana. Entre os problemas destacaram-se as frotas velhas, dificuldades de manutenção e alto custo, além dos subsídios necessários para os serviços de transporte coletivo. O modelo atual de financiamento, baseado no número de passagens emitidas, foi considerado obsoleto, com alguns sugerindo que o cálculo fosse feito a partir do custo real do serviço.
O secretário de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Marcos Daniel, enfatizou a necessidade de planejamento adequado para o setor e a importância de ouvir as necessidades da população. Ele propôs que as prefeituras identificassem quantos veículos são necessários e em quais horários, para melhorar a eficiência dos serviços. Além disso, sugeriu que o cálculo do custo do transporte fosse mais transparente, com a possibilidade de implementar o transporte gratuito, dependendo da viabilidade financeira.
O evento também discutiu a importância de dados precisos sobre o transporte público, com a gerente da Frente Nacional de Prefeitos, Tainá Bittencourt, alertando para a falta de informações sobre a quantidade de passageiros, o que gera distorções nos repasses financeiros. A criação do Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob), com prazo de adesão até o final deste ano, também foi um dos temas tratados, com o governo federal oferecendo suporte para a construção de projetos de mobilidade para os próximos dez anos.