O Brasil registrou um aumento de 61% nas recuperações judiciais em 2024, conforme dados do Serasa, com diversas empresas de diferentes setores buscando auxílio para reestruturar suas finanças. Entre os casos mais notáveis estão empresas como Gol, Subway, Dia Brasil, Casas Bahia e Bombril. Esses pedidos refletem um cenário desafiador para o ambiente de negócios no país, marcado por dificuldades estruturais como insegurança jurídica, infraestrutura deficiente e alta carga tributária, que, combinadas, aumentam significativamente os custos financeiros.
A alta taxa de juros, especialmente, tem sido apontada como um dos principais fatores que dificultam a capacidade das empresas de honrar seus compromissos. Além disso, o câmbio tem impactado negativamente as operações de empresas com dívidas no exterior. As dificuldades econômicas criaram um ambiente propenso ao aumento das recuperações judiciais, com empresários buscando alternativas para evitar a falência e tentar reverter suas situações financeiras adversas.
O caso da Bombril, que solicitou recuperação judicial em fevereiro de 2025, ilustra a situação, com a empresa enfrentando contestações tributárias no valor de R$ 2,3 bilhões. Este processo é uma das últimas grandes movimentações dentro de um cenário crescente de empresas buscando soluções jurídicas para superar dificuldades financeiras. As empresas em recuperação judicial tentam, com o auxílio da Justiça, negociar suas dívidas e ajustar sua operação para retornar ao mercado de maneira mais saudável.