A empresa Isabelly Transportes, responsável pelo transporte coletivo em Gurupi, no sul do estado, solicitou a rescisão do contrato com a prefeitura, alegando baixa procura pelos serviços. A medida é justificada pela inviabilidade financeira do serviço, já que a empresa não atingiu a demanda de passageiros estabelecida no contrato. Nos primeiros dois meses de operação gratuita, o número de usuários foi de apenas 10 mil, enquanto o esperado era de 64.050 passageiros por mês. Após a introdução da tarifa, a quantidade de passageiros caiu ainda mais, com apenas 6 mil continuando a utilizar o transporte. A prefeitura informou que o serviço continuará até o fim de março, enquanto um novo processo licitatório será realizado.
Gurupi enfrenta dificuldades com o transporte coletivo desde a pandemia, quando a antiga empresa responsável pela operação desistiu do serviço devido à queda no número de passageiros. A cidade ficou sem transporte coletivo por três anos e, em 2023, a prefeitura tentou novamente contratar uma empresa para o serviço, mas encontrou obstáculos. A primeira vencedora da licitação desistiu, e a segunda foi suspensa após envolvimento em uma investigação policial. A gestão municipal busca, agora, resolver a questão por meio de uma nova concorrência pública.
Com a solicitação de rescisão, os serviços de transporte coletivo em Gurupi deverão ser mantidos por mais 45 dias até a realização do novo processo licitatório. Além da baixa procura, a presença de gratuidades também foi mencionada como um fator que contribuiu para a inviabilidade financeira do serviço. O município, com uma população de mais de 85 mil habitantes, ainda busca uma solução sustentável para garantir o transporte público eficiente à sua população.