As eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, que acontecem neste sábado, 1º de fevereiro, apresentam como favoritos Hugo Motta (Republicanos-PE) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). No entanto, ambos enfrentam candidaturas isoladas, com partidos menores lançando seus próprios nomes na disputa. Essa prática é comum entre legendas com poucos representantes no Congresso, que buscam se destacar na corrida e contestar o apoio de grandes partidos aos candidatos principais. A eleição para a Câmara conta com as candidaturas de Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), que têm propostas voltadas para temas como a anistia para presos dos atos de janeiro e o impeachment do presidente Lula.
No Senado, a situação é semelhante, com quatro senadores se apresentando como alternativas ao apoio de sua Casa para a reeleição de Davi Alcolumbre. Entre os nomes estão Marcos Pontes (PL-SP), que mantém sua candidatura apesar da pressão dentro de seu partido, e Eduardo Girão (Novo-CE), que concorre pela segunda vez, mantendo uma plataforma voltada para a limitação do poder do Supremo Tribunal Federal. Outros candidatos, como Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES), também disputam o cargo, embora não tenham apoio significativo na Casa. A diversidade de propostas reflete o cenário tenso no Senado, onde disputas internas estão sendo intensamente debatidas.
Essas eleições ocorrem em um momento delicado, com a polarização política e o contexto de governabilidade do país em mente. Apesar dos favoritos, a presença de candidaturas alternativas evidencia a pluralidade de ideias e interesses dentro do Congresso, com o foco em temas como a reforma política, a relação com o STF e a governabilidade futura. As decisões do sábado terão impacto significativo sobre o futuro político do Brasil, já que a liderança da Câmara e do Senado define as direções legislativas nos próximos anos.