O Equador enfrenta um cenário eleitoral tenso e polarizado em 2025, com o atual presidente Daniel Noboa, um empresário de 37 anos, como favorito para a reeleição, mas a disputa deve ir para o segundo turno com a esquerdista Luisa González. As eleições ocorrem pouco mais de um ano após o país viver uma das eleições mais violentas da história recente, com a morte de um candidato e o clima de insegurança gerado pela crescente violência associada ao narcotráfico. O assassinato de Fernando Villavicencio, que estava em campanha, e a necessidade de segurança extrema para os candidatos destacaram o impacto da criminalidade sobre o processo eleitoral.
O Equador, tradicionalmente considerado um país pacífico na América Latina, viu nos últimos anos um aumento alarmante na violência devido à ação de cartéis de drogas. As facções do narcotráfico, muitas delas originadas na Colômbia, passaram a disputar rotas de tráfico de drogas no território equatoriano, que tem uma extensa costa voltada para o Oceano Pacífico. A taxa de homicídios no país disparou, passando de 6 para 38 mortes a cada 100 mil habitantes entre 2018 e 2024, o que gerou um clima de insegurança e afastou tanto turistas quanto os próprios cidadãos.
Com cerca de 14 milhões de eleitores convocados, as eleições de 2025 apresentam uma polarização entre os dois principais candidatos. Enquanto Noboa propõe uma abordagem mais rígida no combate ao crime, com imagens de operações de segurança e presença militar em sua campanha, González se posiciona em defesa da paz, com ênfase na construção de um ambiente mais conciliador. A disputa, marcada por fortes tensões e desafios, deve ser decidida no segundo turno, previsto para abril de 2025.