Neste domingo (9), quase 14 milhões de equatorianos irão às urnas para escolher o próximo presidente do país, em um contexto marcado por sérios desafios econômicos e de segurança. Os dois principais candidatos são Daniel Noboa, atual presidente interino e representante da direita, e Luisa Gonzalez, filiada ao partido do ex-presidente Rafael Correa, que integra o campo da esquerda. As eleições ocorrem em um momento de forte polarização política, com as pesquisas indicando diferentes cenários de disputa, inclusive a possibilidade de um segundo turno.
A segurança pública tem sido uma das bandeiras principais de Daniel Noboa, que assumiu o cargo há cerca de um ano e meio após a dissolução da Assembleia Nacional. Ele tem adotado políticas de segurança semelhantes às de outros líderes regionais, como o presidente de El Salvador, com o objetivo de combater a crescente violência ligada ao narcotráfico. No entanto, essas medidas têm gerado críticas de organizações de direitos humanos, que questionam a forma como as ações estão sendo implementadas.
Além da segurança, a crise econômica e energética também tem sido central no debate eleitoral. O Equador enfrenta dificuldades para retomar o crescimento econômico, agravadas por uma seca severa que causou apagões e afetou a produção de energia hidrelétrica. Luisa Gonzalez critica as políticas de Noboa e defende que a solução para a crise passa por medidas focadas na recuperação econômica. O futuro presidente terá o desafio de lidar com esses problemas estruturais para garantir a estabilidade do país.