As eleições gerais na Alemanha, marcadas para o próximo domingo, 23 de setembro, ocorrem em um contexto político tenso, com temas como economia e imigração dominando os debates. O partido União Democrata-Cristã (CDU), liderado por Friedrich Merz, é o favorito nas pesquisas, seguido de perto pela Alternativa para a Alemanha (AfD), um partido de extrema-direita que tem ganhado força no cenário político. A imigração, que teve um pico significativo durante a crise de 2015, continua sendo um tema divisivo, com muitos eleitores preocupados com a sobrecarga nos serviços públicos e o aumento da criminalidade, embora as estatísticas não confirmem essa relação.
O texto também destaca as histórias de refugiados sírios que conseguiram se reerguer na Alemanha, como Malakeh Jazmati, chef de cozinha, e Tarek Alaows, ativista de direitos humanos. Ambos chegaram à Alemanha durante a crise migratória de 2015 e passaram a contribuir de forma significativa para a sociedade alemã. No entanto, a ascensão de partidos anti-imigração tem gerado um clima de insegurança, com refugiados como Tarek enfrentando ameaças e violência verbal devido à sua defesa dos direitos de imigrantes.
Com a economia alemã enfrentando desafios, como o aumento dos preços de energia e a desaceleração da indústria, a crise econômica tem reforçado o discurso anti-imigração, que é amplamente explorado por partidos mais à direita. Mesmo com o crescimento da extrema-direita, a maioria dos cidadãos alemães parece reconhecer a contribuição dos imigrantes para o país. A votação de domingo será crucial para definir os rumos políticos da Alemanha em um cenário de crescente polarização social.
