Criado em 2009, o Bitcoin se tornou um dos ativos mais valiosos do mundo, mas continua gerando controvérsias entre especialistas. Economistas tradicionais, como Eugene Fama, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2013, têm expressado ceticismo quanto à sustentabilidade das criptomoedas. Fama acredita que elas apresentam características instáveis e que sua popularidade, embora crescente, é uma bolha que pode estourar nos próximos anos, com impactos significativos para a teoria monetária e o sistema financeiro global.
O Bitcoin, juntamente com outras criptomoedas, é frequentemente visto como um ativo especulativo, com variações de preço drásticas que atraem tanto investidores quanto especuladores. A volatilidade do ativo tem sido um ponto central das críticas, com momentos de grandes altas e quedas, como a queda de 20 mil dólares para 4 mil dólares entre 2017 e 2018. Apesar da adoção de criptomoedas em países como El Salvador, que fez do Bitcoin uma moeda oficial em 2021, a instabilidade econômica e a pressão de organismos internacionais, como o FMI, levaram o país a revogar essa decisão em 2025.
A medida adotada por El Salvador reflete as dificuldades políticas e econômicas associadas ao uso do Bitcoin como moeda oficial. Após menos de quatro anos, o país decidiu restringir o uso do Bitcoin a transações privadas, eliminando a obrigatoriedade de aceitação nas transações comerciais. Essa reversão é um exemplo de como o mercado de criptomoedas continua a ser um tema polarizador, com desafios significativos para sua adoção em larga escala e sua integração com o sistema financeiro tradicional.