A atividade econômica do Brasil começa a mostrar sinais de desaceleração, um pouco antes do esperado pelos economistas. Esse processo, ainda lento, pode resultar em uma política monetária menos agressiva por parte do Banco Central, o que beneficiaria os ativos de risco. No entanto, segundo especialistas, os sinais ainda não são fortes o suficiente para justificar mudanças imediatas nos portfólios de investimento.
A estrategista Monica Araújo explica que, caso a desaceleração continue e haja dificuldades em repassar preços, o Banco Central poderia revisar suas expectativas para a inflação e, consequentemente, não precisar elevar tanto a Selic. Ela destaca que, apesar de uma possível acomodação do câmbio, o cenário ainda é inicial e precisa ser monitorado mais de perto. A expectativa é que a taxa básica de juros chegue a 14,25% na próxima reunião, e que o impacto de possíveis aumentos futuros seja gradual.
Apesar de a renda fixa continuar atraente com o atual nível de juros, Araújo sugere que os investidores devem focar em vencimentos mais curtos e com boa liquidez, para estarem prontos a aproveitar mudanças no cenário econômico. No entanto, ela ressalta que é prematuro fazer ajustes nos portfólios neste momento, já que o impacto da desaceleração ainda não é claro o suficiente para uma revisão estratégica. A prudência é recomendada, pois o cenário pode mudar conforme novos dados sobre a economia forem apresentados.