A economia brasileira apresentou um crescimento de 3,5% em 2024, conforme estimativas da Fundação Getulio Vargas (FGV). Este resultado marca o quarto ano consecutivo de expansão, com destaque para o aumento do consumo das famílias, que subiu 5,2%, e o crescimento de 7,6% na Formação Bruta de Capital Fixo, refletindo um aumento nos investimentos. Apesar de um desempenho positivo, o setor agropecuário registrou uma queda de 2,5%, contrastando com o crescimento robusto observado em 2023. A economia atingiu R$ 11,655 trilhões, o maior valor da série histórica, com um PIB per capita de R$ 56.796.
Entretanto, o ritmo de crescimento desacelerou no final do ano, com uma expansão de apenas 0,3% em dezembro em relação a novembro e um aumento de 0,4% no quarto trimestre, mais modesto do que os 1,4% e 0,8% registrados no segundo e terceiro trimestres. Em termos de produtividade, o Brasil enfrentou uma leve queda de 0,3%, refletindo desafios em termos de eficiência econômica. As exportações cresceram 3,7%, mas as importações também aumentaram consideravelmente, com um crescimento de 14,3%, o que impactou negativamente o PIB.
Para 2025, a economista Juliana Trece alerta que a economia enfrentará desafios significativos. No cenário interno, a alta taxa de juros pode afetar os investimentos e desacelerar ainda mais a atividade econômica. No plano externo, a continuidade das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, como aço e etanol, também representa uma ameaça. Apesar disso, o Brasil segue com um crescimento robusto, mas o cenário para o próximo ano é incerto, com desafios tanto no âmbito interno quanto no contexto global.