O dólar deve se manter próximo de R$ 5,80 ao longo de 2025, embora tenha apresentado queda nos primeiros meses do ano. Economistas destacam que essa diminuição é resultado de fatores externos, como a postura mais branda do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas comerciais. Apesar dessa aparente estabilidade, especialistas apontam que o câmbio pode ser afetado por mudanças na política externa dos EUA e pelo andamento das políticas fiscais brasileiras, que continuam a gerar incertezas no mercado financeiro.
Entre os fatores internos que ajudam a conter a valorização do dólar está o aumento da taxa de juros no Brasil, que atingiu 13,25% ao ano. Esse aumento, realizado pelo Banco Central em janeiro, contribui para atrair capital estrangeiro, o que favorece a queda da moeda americana. Além disso, a sinalização de um compromisso com as metas fiscais e a inflação também foi vista de forma positiva pelos investidores, ajudando a reduzir a pressão sobre o câmbio. No entanto, o cenário fiscal no Brasil segue sendo um ponto de preocupação, especialmente em relação à inflação e à dívida pública.
Embora o mercado projete um câmbio em torno de R$ 6 até o fim de 2025, o governo acredita que a queda do dólar poderá ajudar a controlar a inflação, especialmente nos preços de alimentos e combustíveis. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avance 0,20% em janeiro, o que será analisado nas próximas divulgações do IBGE. Contudo, as incertezas persistem, e a cotação do dólar continuará a ser influenciada tanto por fatores externos quanto internos ao Brasil.