O dólar registrou uma queda moderada nesta terça-feira, 11, mesmo após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de importação de 25% sobre alumínio e aço a partir de março. A moeda americana perdeu valor também frente a outras divisas, especialmente o euro, e frente a várias moedas de mercados emergentes, incluindo o peso mexicano e o real. A expectativa de que há espaço para negociação sobre as tarifas, como a possibilidade de adiamento ou implementação de cotas, ajudou a sustentar o otimismo em relação ao real.
A avaliação do mercado é de que as tarifas anunciadas foram menos impactantes do que o esperado, o que gerou uma sensação de alívio nos investidores. Isso reflete uma visão mais positiva do mercado financeiro, especialmente em relação ao Brasil e ao México, que, apesar de estarem entre os maiores exportadores de aço aos EUA, viram suas moedas se valorizarem. O comportamento do dólar também foi influenciado por uma leve queda no índice DXY, que monitora a performance da moeda americana frente a uma cesta de outras divisas fortes, e a diminuição das apostas em novos cortes de juros nos EUA.
Além disso, as expectativas sobre a política monetária nos EUA e no Brasil também impactam o câmbio. A perspectiva de manutenção ou até leve redução das taxas de juros no Fed e a expectativa de uma Selic alta no Brasil favorecem o diferencial de juros, o que tem sustentado o real. A inflação no Brasil também segue sendo monitorada de perto, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) apresentando desaceleração, mas com pressões inflacionárias nos núcleos e nos serviços, o que mantém o mercado atento a uma possível alta prolongada da Selic.