O dólar subiu no mercado à vista nesta segunda-feira, 3, influenciado pela valorização externa da moeda americana e pela confirmação de tarifas dos Estados Unidos sobre importações do México, Canadá e China. As tarifas, que começam a ser aplicadas nesta terça-feira, 4, geraram preocupações sobre o impacto econômico global, especialmente para países emergentes como o Brasil, que pode ser afetado por novas medidas protecionistas. O presidente dos EUA, Donald Trump, também anunciou tarifas adicionais sobre diversos produtos a partir de fevereiro, o que elevou as tensões nos mercados financeiros.
Em resposta, países como o Canadá e a China já tomaram medidas retaliatórias, com o Canadá impondo tarifas de 25% sobre produtos dos EUA e a China se preparando para recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). O impacto das novas tarifas já é estimado por economistas, como o Goldman Sachs, que projeta efeitos na inflação e no crescimento do PIB americano. A situação tem gerado apreensão entre governos e empresários quanto aos efeitos sobre os preços, a inflação e a atividade econômica global.
No Brasil, o cenário político e econômico também reflete a incerteza, com a nova cúpula do Congresso tomando posse e apontando desafios para a aprovação de reformas fiscais. O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, indicou uma leve alta na previsão para a inflação, o que mantém as expectativas para a Selic em níveis elevados. Ao mesmo tempo, o dólar futuro e à vista apresentaram variações em um contexto de volatilidade, com o real acumulando desvalorização em janeiro, mas com a expectativa de correção nos próximos meses.