Após um recuo de 5,56% em janeiro, o dólar começou fevereiro com uma leve queda e mostrou volatilidade durante o dia. A moeda norte-americana flutuou de acordo com o noticiário sobre as tarifas de importação impostas pela administração de Donald Trump, afetando principalmente o comércio com o México, Canadá e China. O dólar chegou a alcançar a máxima de R$ 5,9053 pela manhã, acompanhando a alta do dólar global, mas perdeu força à tarde após uma mudança na postura do governo mexicano, que suspendeu temporariamente a imposição de tarifas, resultando na apreciação do real.
O movimento no mercado cambial refletiu uma série de fatores, incluindo a política monetária do Federal Reserve e o fluxo de investimentos atraído pela alta taxa de juros brasileira. Com a notícia de que o México teria um adiamento nas tarifas, o real se fortaleceu, enquanto o dólar registrava perdas em relação a algumas divisas latino-americanas. Esse cenário de alta volatilidade indicou uma correção no mercado após o período de descolamento do real em relação a outras moedas emergentes, observado em dezembro.
Enquanto a política externa dos Estados Unidos continua a ser uma variável importante para os mercados, analistas apontam que as tarifas impostas por Trump são vistas como uma tática de negociação para obter condições mais favoráveis para os EUA. Embora haja receios sobre os efeitos econômicos e inflacionários dessas medidas, os analistas do Federal Reserve indicaram que, por enquanto, não há urgência em novos cortes de juros, destacando que o impacto das tarifas ainda precisa ser mais bem compreendido para ajustarem suas previsões.