O dólar apresentou uma queda significativa na sessão de sexta-feira, 14, alinhada à desvalorização da moeda americana no cenário global, influenciada por dados fracos de atividade nos Estados Unidos. A moeda chegou a cair mais de 1% no período da tarde, tocando o menor nível desde o início de novembro de 2024, após a divulgação de uma pesquisa política que mostrou uma queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O real se destacou como a moeda emergente com melhor desempenho, seguido por uma valorização modesta do dólar neozelandês.
Segundo o economista Luciano Costa, a desvalorização do dólar foi impulsionada por fatores externos, como a ampliação das expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, após a queda nas vendas do varejo dos EUA e a revisão para baixo das estimativas de crescimento do PIB americano. Essa situação gerou um enfraquecimento da moeda, impactando também os índices de juros dos Treasuries. Além disso, a queda do dólar foi intensificada pela percepção de que as tarifas comerciais anunciadas pelo governo dos EUA poderiam ser mais uma estratégia política do que uma medida concreta.
Em relação à pesquisa do Datafolha, a queda na aprovação de Lula gerou um aumento na pressão sobre o governo brasileiro para conduzir com eficiência a política econômica, o que pode afetar as chances eleitorais. No entanto, o economista alerta que as pesquisas são apenas retratos do momento e que o presidente pode recuperar sua popularidade. O dólar fechou o dia com uma queda de 1,26%, com a moeda americana acumulando desvalorização de 7,83% no ano.