O dólar encerrou a terça-feira, 25, praticamente estável, com leve queda de 0,03%, cotado a R$ 5,7542. Durante a manhã, a moeda americana havia superado a marca de R$ 5,80, impulsionada por temores relacionados ao quadro fiscal do Brasil, mas no período da tarde, acompanhou a desvalorização da moeda americana no exterior e se estabilizou. Dados econômicos, como a leitura abaixo das expectativas do IPCA-15 de fevereiro, não influenciaram significativamente o comportamento cambial.
A manhã também foi marcada por anúncios do governo federal, incluindo a distribuição de recursos do programa Pé-de-Meia para estudantes do ensino médio e a gratuidade dos medicamentos do Farmácia Popular. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda deve anunciar a liberação de recursos do FGTS para trabalhadores demitidos, o que representaria uma injeção de R$ 12 bilhões na economia. No entanto, esses estímulos geraram preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país, especialmente com o aumento da percepção de risco.
No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas fortes, registrou queda, refletindo uma diminuição na confiança do consumidor nos EUA. A moeda americana também foi impactada por declarações do ex-presidente Donald Trump e do conselheiro Peter Navarro sobre tarifas de importação. Ao mesmo tempo, no Brasil, pesquisas indicaram um aumento nas críticas à gestão do presidente Lula, o que também influenciou o mercado cambial, refletindo a volatilidade política interna e as incertezas fiscais.