O dólar apresentou volatilidade no início desta terça-feira (4), com variações entre altas e baixas, impulsionadas por fatores internos e externos. O mercado financeiro acompanha com atenção a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decidiu elevar a Selic para 13,25% ao ano. A ata também trouxe previsões de inflação acima da meta até junho deste ano, principalmente devido ao aumento dos preços dos alimentos. A situação externa, com destaque para as tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros, também influenciou o comportamento da moeda.
A política de tarifas adotada por Donald Trump nos EUA gerou preocupações no mercado, principalmente após a imposição de novas tarifas sobre produtos chineses e de outros países. Contudo, o presidente dos EUA recuou parcialmente e suspendeu as novas tarifas sobre o México e o Canadá, trazendo um alívio temporário. No entanto, as tarifas sobre a China permanecem, e a reação do governo chinês foi a imposição de tarifas adicionais sobre produtos norte-americanos. Esse cenário pode ter impacto sobre a inflação nos EUA, já que o aumento de tarifas pode elevar os preços de produtos importados, afetando os consumidores.
No cenário global, investidores também monitoram os comentários do Federal Reserve (Fed) dos EUA sobre a possibilidade de novos ajustes na taxa de juros. A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou que não há urgência em reduzir os juros no momento, já que novas tarifas podem aumentar as pressões inflacionárias. Com isso, o cenário de juros elevados pode atrair investidores para os EUA, fortalecendo o dólar e gerando impactos sobre as economias globais. A elevação nas taxas de juros pode também elevar a rentabilidade dos títulos públicos dos EUA, considerados ativos financeiros seguros.