No dia 4 de fevereiro, o dólar fechou em queda de 0,76%, cotado a R$ 5,7712, acumulando recuo tanto na semana quanto no mês. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também apresentou queda de 0,65%, indo a 125.147 pontos. Esses movimentos refletem a cautela dos investidores diante das incertezas no cenário internacional, como as tensões geopolíticas envolvendo os Estados Unidos e o Oriente Médio, além da guerra comercial com a China, que impôs novas tarifas sobre produtos americanos.
Internamente, o mercado brasileiro está atento à inflação, com falas do presidente sobre a alta dos preços dos alimentos e ações para tentar conter os impactos. A agenda econômica também inclui a expectativa de dados de produção industrial e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sinalizou uma alta adicional na taxa de juros. A expectativa é que a Selic chegue a 14,25% ao ano, podendo continuar subindo até 2025 devido ao cenário inflacionário. A combinação desses fatores pressiona o valor do dólar e afeta o comportamento dos mercados.
Nos Estados Unidos, o cenário econômico também gerou impacto nos mercados financeiros, com a queda nas encomendas de produtos manufaturados e a diminuição de vagas de emprego, sugerindo uma desaceleração da economia. No entanto, o mercado de trabalho segue estável com poucos desligamentos. A reação dos mercados ao aumento das taxas de juros, tanto nos EUA quanto no Brasil, deve continuar a influenciar a dinâmica dos mercados globais e a pressão sobre o dólar nos próximos meses.