O dólar fechou abaixo de R$ 5,80 pela primeira vez desde novembro, após uma sequência de 12 quedas diárias consecutivas. A moeda norte-americana registrou um recuo de 0,76%, cotando-se a R$ 5,771 no final da terça-feira (4). A queda foi impulsionada por dados fracos da economia dos Estados Unidos, o que aumentou as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Com isso, investidores direcionaram capitais para países emergentes, como o Brasil. Este movimento é a maior sequência de quedas do dólar desde o Plano Real.
A bolsa de valores enfrentou um dia de volatilidade, com o índice Ibovespa recuando 0,65%, encerrando a sessão aos 125.147 pontos. As ações de empresas exportadoras puxaram a queda, enquanto as de instituições financeiras apresentaram alta. A reação negativa dos investidores foi também influenciada pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que indicou um possível aumento da taxa de juros em março devido ao risco de inflação nos alimentos, o que gerou temores sobre o impacto de juros mais altos na economia.
O cenário econômico global, com a desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos, influenciou diretamente os mercados financeiros. A redução das vagas de emprego nos EUA eleva as chances de que o Fed adote uma política monetária mais flexível. No Brasil, o temor de uma elevação nos juros pelo Banco Central após a reunião de março fez com que investidores buscassem alternativas de investimento em renda fixa, o que contribuiu para o movimento de queda na bolsa de valores.