O dólar comercial encerrou o dia de terça-feira (4) cotado a R$ 5,771, com uma queda de 0,76%. Esse é o menor valor desde novembro do ano passado, acumulando uma desvalorização de 6,59% no ano. A moeda americana teve uma queda generalizada, impulsionada pela divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos, como a redução no número de vagas de trabalho abertas no país, o que aumentou as expectativas de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve. Tais expectativas favorecem a entrada de capitais nos mercados emergentes, incluindo o Brasil.
O mercado de ações também apresentou um desempenho negativo, com o índice Ibovespa recuando 0,65%. A queda foi puxada principalmente pelas ações de empresas exportadoras, afetadas pela valorização do real frente ao dólar. Por outro lado, os papéis de instituições financeiras tiveram uma leve alta, ajudando a atenuar as perdas do índice. A volatilidade no mercado foi acentuada pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que gerou preocupações sobre um possível aumento nas taxas de juros no Brasil.
A ata do Copom revelou que o Banco Central pode elevar os juros após a reunião de março, principalmente devido à inflação dos alimentos, que pode se espalhar para outros setores da economia. Isso gerou receios de que, com juros mais altos, os investidores migrem de ativos na bolsa de valores para investimentos em renda fixa, como títulos públicos. Esse cenário aumentou a cautela no mercado financeiro e afetou o desempenho das ações.