O dólar caiu pela 12ª vez seguida, encerrando a terça-feira (4) a R$ 5,771, com uma queda de 0,76%. Este é o menor valor da moeda norte-americana desde meados de novembro de 2024. O movimento de queda ocorreu apesar da volatilidade do mercado financeiro, impulsionado por dados econômicos fracos dos Estados Unidos, que aumentaram as expectativas de um corte de juros mais acentuado pelo Federal Reserve. Essa retração no mercado de trabalho nos EUA contribui para um cenário favorável a investimentos em mercados emergentes, como o Brasil.
Na bolsa de valores, o índice Ibovespa recuou 0,65%, com destaque para a queda das ações de empresas exportadoras, embora o segmento financeiro tenha mostrado um desempenho positivo. A divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) também exerceu pressão negativa sobre os papéis da B3. O tom mais rígido da ata, indicando a possibilidade de aumento da Selic em março, acentuou os temores de uma elevação dos juros, o que poderia impactar a atratividade da bolsa e estimular uma migração de investimentos para a renda fixa.
Além disso, a perspectiva de uma desaceleração no mercado de trabalho nos Estados Unidos favorece um movimento de atração de capitais para o Brasil, impulsionado pela expectativa de juros mais baixos em economias avançadas. Em relação à inflação, a ata do Copom alertou para a possibilidade de a alta nos preços dos alimentos se espalhar por outros setores, o que pode forçar o Banco Central a ajustar sua política monetária, aumentando os juros para controlar a inflação.