Na sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025, o dólar comercial recuou para R$ 5,696, apresentando uma queda de 1,26% no dia e 1,67% na semana. Esse movimento reflete a reação dos investidores a recentes medidas comerciais adotadas pelos Estados Unidos, que incluem tarifas recíprocas para países que exportam para o mercado norte-americano. Em particular, o Brasil foi mencionado, devido às tarifas aplicadas sobre o etanol, com uma cobrança de 18% sobre as exportações dos EUA, em contraste com uma taxa de 2,5% sobre o etanol brasileiro. Contudo, o impacto nas exportações brasileiras será limitado, já que os EUA não são mais o principal destino do etanol desde 2020.
As incertezas no mercado financeiro também são alimentadas pela possível redução dos juros nos Estados Unidos, com base na queda nas vendas do varejo norte-americano, que apresentaram uma diminuição de 0,9% em janeiro de 2025. Esse cenário, junto com as dúvidas sobre os efeitos da alta nos juros em outros países, gera apreensão quanto ao crescimento econômico global. Além disso, a queda na aprovação do governo brasileiro, conforme pesquisa recente, também reflete um clima de incerteza no cenário político nacional.
Em relação aos investimentos estrangeiros, a B3, bolsa de valores de São Paulo, registrou um saldo positivo de R$ 144 milhões em fevereiro até o dia 12. No ano, o saldo já é de R$ 7 bilhões. Por outro lado, o indicador de risco país, o CDS de 5 anos, fechou em 168 pontos, refletindo uma leve alta em relação ao ano anterior, quando estava em 136 pontos. Esses números indicam uma relativa confiança dos investidores, mas com a cautela diante dos desafios econômicos e políticos atuais.