A Terra Yanomami está enfrentando uma situação de emergência em saúde pública desde janeiro de 2023, após o reconhecimento da crise sanitária pelo governo federal. Nesse período, o número de profissionais de saúde no território aumentou significativamente, com mais de 1.700 servidores atuando em diversas frentes. Esse reforço foi essencial para enfrentar problemas como a malária, a desnutrição e as doenças respiratórias, que afetaram gravemente as comunidades Yanomami, especialmente devido à atuação de garimpeiros ilegais, que causaram contaminação ambiental e o avanço de surtos de doenças. Apesar do progresso, ainda há desafios significativos, como o controle da malária e o acompanhamento de doenças provocadas pelas condições adversas da região.
Líderes indígenas e profissionais de saúde observam melhorias no atendimento e nos indicadores de saúde, com a redução de mortes por malária e desnutrição desde o início das ações emergenciais. As novas unidades de saúde, como em Surucucu e Auaris, oferecem uma estrutura mais robusta, com hospitais e serviços especializados, como o Centro de Referência em Surucucu, o primeiro hospital em território indígena. No entanto, as áreas afetadas pelo garimpo ilegal ainda enfrentam problemas com o controle de doenças transmissíveis, como a malária falciparum, mais grave, que continua a ser um desafio.
Apesar dos avanços, a continuidade dos esforços é fundamental para garantir a melhoria das condições de saúde nas comunidades Yanomami. A recuperação de pacientes desnutridos e a instalação de novos postos de saúde são passos importantes para combater os efeitos das décadas de negligência. O trabalho das equipes de saúde é essencial para evitar a repetição das condições críticas do passado, e as autoridades locais destacam que, embora a situação tenha melhorado, ainda há muito a ser feito para garantir a saúde e o bem-estar da população Yanomami a longo prazo.