Uma doença desconhecida e altamente letal continua a se espalhar rapidamente pela República Democrática do Congo, despertando alerta entre autoridades locais e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O surto, inicialmente registrado com 53 mortes e 419 casos, teve um crescimento expressivo, atingindo 60 óbitos e mais de 1.096 infectados nas aldeias de Bolomba e Basankusu. Com uma taxa de mortalidade de 12,3%, quase dez vezes maior do que a observada no início da pandemia de Covid-19, o avanço da enfermidade pressiona o já fragilizado sistema de saúde do país.
Os sintomas da doença incluem febre, calafrios, dores musculares, rigidez no pescoço, sangramentos nasais, tosse, vômitos e diarreia. Investigadores locais acreditam que o surto pode ter começado após o consumo de carne de morcego contaminada, mas as análises iniciais descartaram os vírus Ebola e Marburg. Embora muitos dos pacientes tenham testado positivo para malária, as autoridades continuam investigando outras possíveis causas, incluindo toxinas presentes em alimentos e água. A OMS enviou equipes especializadas para aprofundar a análise e fornecer suporte emergencial à região afetada.
O risco de disseminação para outros países preocupa especialistas, especialmente devido à incerteza sobre os modos de transmissão da doença. Médicos e pesquisadores alertam para a necessidade de vigilância constante e medidas eficazes de contenção para evitar um surto de maior escala. Enquanto isso, as autoridades locais e internacionais intensificam esforços para controlar o avanço da enfermidade, reforçando protocolos de prevenção e assistência médica.