A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil registrou uma redução de 0,87% em janeiro, totalizando R$ 7.252,68 trilhões, frente aos R$ 7.316,07 trilhões registrados no mês anterior. Esse resultado reflete uma diminuição na dívida interna, com a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) caindo 0,23%, para R$ 6.950,87 trilhões. A redução foi impulsionada por um resgate líquido de R$ 79,97 bilhões, embora parcialmente contrabalançada pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 63,97 bilhões.
Em relação à dívida externa, houve uma queda de 13,57% sobre o mês anterior, com o estoque encerrando janeiro em R$ 301,81 bilhões. A maior parte dessa dívida, R$ 249,21 bilhões, se refere à dívida mobiliária, enquanto R$ 52,59 bilhões correspondem à dívida contratual. Esses números refletem um cenário de ajustes na composição da dívida, com uma significativa redução no componente externo.
Apesar da queda mensal, a dívida bruta do país terminou 2024 em 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Este é o segundo ano consecutivo de crescimento da dívida pública brasileira, que avançou 4,4 pontos percentuais desde o início do governo atual. O Banco Central e a Secretaria do Tesouro Nacional utilizam metodologias distintas para calcular esses valores, com a autoridade monetária considerando todas as obrigações governamentais e o Tesouro focando no estoque de títulos emitidos.