A Dívida Pública Federal (DPF) deverá encerrar 2025 com um valor entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões, após alcançar R$ 7,3 trilhões no final de 2024. O Tesouro Nacional divulgou o Plano Anual de Financiamento (PAF), que estabelece metas para a composição da dívida pública, com destaque para a maior participação dos títulos corrigidos pela Selic, que devem alcançar entre 48% e 52% do total. Este movimento visa atrair investidores, uma vez que os juros básicos da economia estão elevados.
Em relação à composição da dívida, a fatia dos títulos prefixados deverá permanecer estável entre 22% e 26%, enquanto a proporção de papéis corrigidos pela inflação e pelo câmbio deverá seguir dentro de suas faixas previstas. A alteração no perfil da dívida reflete o aumento da Selic, que impulsionou a demanda por títulos atrelados aos juros. Ao mesmo tempo, a parte da dívida corrigida pela inflação e o câmbio teve redução. Esses ajustes visam garantir a estabilidade do financiamento público em um cenário econômico volátil.
Além disso, o PAF estipula um aumento no prazo médio da DPF, que deverá ficar entre 3,8 e 4,2 anos no final de 2025. A parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses está projetada entre 17% e 21%. O governo conta com reservas internacionais e um colchão financeiro para garantir o pagamento das dívidas, caso haja dificuldades para lançar novos títulos no mercado. Esses mecanismos buscam assegurar a capacidade de financiamento do governo, mesmo em períodos de crise econômica.