Em dezembro de 2023, a dívida pública federal brasileira alcançou R$ 6,5 trilhões, registrando uma alta de 12,2% em relação ao ano anterior. Esse aumento é o maior desde 2020, quando a dívida subiu 17,9% devido aos efeitos da pandemia de Covid-19. O crescimento da dívida em 2024 atingiu R$ 7,3 trilhões, um reflexo de uma série de fatores econômicos, incluindo o aumento da taxa de juros Selic e a inflação, que impactam diretamente o valor da dívida pública.
A dívida pública federal é a responsável por financiar o déficit orçamentário do governo, ou seja, quando as despesas do governo superam as receitas. Esse financiamento ocorre por meio da emissão de títulos do Tesouro Nacional, que são adquiridos por credores como bancos, empresas e pessoas físicas. Aproximadamente metade da dívida está vinculada à taxa de juros básica, a Selic, que está em alta, e 27% são indexados ao Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), acompanhando a inflação.
Além do aumento da Selic e da inflação, outros fatores como a emissão de novos títulos e a apropriação de juros contribuíram para o crescimento da dívida pública. Em comparação com novembro de 2024, o estoque da dívida registrou uma alta de 1,55%, o que evidencia a tendência de crescimento contínuo, refletindo os desafios fiscais e econômicos enfrentados pelo governo.