Em dezembro de 2023, a dívida pública federal brasileira foi estimada em R$ 6,5 trilhões, representando a maior alta desde 2020, ano em que a dívida aumentou significativamente devido aos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. Ao longo de 2024, a dívida cresceu 12,2%, atingindo R$ 7,3 trilhões ao final do ano, refletindo um aumento expressivo e preocupante. Esse aumento está diretamente ligado ao crescente déficit orçamentário, que ocorre quando as despesas do governo superam a arrecadação de impostos e contribuições.
A principal forma de financiamento do governo federal é a emissão de títulos da dívida, que são adquiridos por credores como pessoas físicas, empresas e bancos. Quase metade da dívida pública está atrelada à taxa Selic, que, com o aumento de juros, exerce uma pressão crescente sobre o valor total da dívida. Além disso, 27% dessa dívida está vinculada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), refletindo a inflação, que também está em trajetória de alta.
Em comparação a novembro de 2024, o estoque da dívida aumentou 1,55%, devido principalmente à emissão de novos títulos e à apropriação de juros. Essa tendência de aumento da dívida pública pode continuar caso o cenário econômico e fiscal não se estabilize, o que traz preocupações sobre os impactos dessa trajetória no futuro econômico do Brasil.