Neste sábado, ocorrem as eleições para os cargos de presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, com destaque para dois candidatos com ampla vantagem: Hugo Motta (Republicanos-PE) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). No entanto, mesmo com o favoritismo, ambos enfrentam concorrentes que representam partidos menores e buscam lançar alternativas a esses nomes. A prática de lançar candidaturas isoladas é comum entre legendas com poucos representantes, que se opõem aos acordos entre os grandes partidos para a eleição das lideranças das Casas.
Na Câmara dos Deputados, os candidatos Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS) se apresentam como alternativas, com Vieira defendendo pautas como a não anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, e Van Hattem criticando o domínio de partidos de centro e esquerda. Ambos buscam destacar suas posturas e influenciar a agenda parlamentar, apesar de seu apoio limitado.
No Senado, a candidatura de Davi Alcolumbre é desafiada por outros senadores que buscam marcar posição contra o apoio dominante ao atual presidente da Casa. Entre eles, Marcos Pontes (PL-SP), Eduardo Girão (Novo-CE), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES) se destacam, cada um defendendo diferentes pautas e visões políticas, como o combate ao STF e a defesa de maior liberdade para os parlamentares. As disputas são acirradas, mas as chances de vitória de candidatos sem grande apoio institucional seguem limitadas.