Igrejas no Brasil têm gerado grandes arrecadações financeiras, o que tem levado a disputas internas por controle administrativo e financeiro. A Igreja Bola de Neve, com mais de 500 templos e uma receita anual de cerca de R$ 250 milhões, tem sido marcada por polêmicas relacionadas à gestão de seus recursos após o falecimento de seu fundador. A liderança da instituição, agora envolvida em intensas discussões, tem sido alvo de acusações de movimentação financeira irregular e desvio de recursos.
A principal acusação envolve a movimentação de grandes quantias por meio de contas bancárias vinculadas a outras instituições financeiras. Além disso, surgiram alegações de que empresas ligadas à liderança da igreja estariam aplicando taxas indevidas sobre os dízimos e doações recebidos. Em resposta, a igreja afirmou que todas as suas operações estão de acordo com a legislação vigente, e que auditorias realizadas não apontaram irregularidades. No entanto, as acusações foram encaminhadas ao Ministério Público, que iniciou uma investigação sobre o caso.
O contexto de disputas financeiras se intensificou após a morte do fundador da igreja, gerando uma crise interna de liderança entre a esposa do fundador e o conselho da instituição. A liderança de uma das principais figuras da igreja foi temporariamente assumida, mas a pessoa renunciou após o reconhecimento judicial da situação. O caso traz à tona questões relacionadas à transparência e à credibilidade das grandes organizações religiosas no Brasil, além de destacar os desafios da gestão em instituições com grandes somas financeiras.