O início do ano legislativo no Congresso Nacional foi marcado por um embate simbólico entre a base governista e a oposição, com os bonés como elementos centrais da disputa. Inspirados nos acessórios usados pelos apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os bonés se tornaram símbolos de provocações entre os parlamentares. No dia 1º de fevereiro, ministros do governo Lula, com mandatos no Congresso, apareceram com bonés azuis, com a frase “O Brasil é dos brasileiros”, em referência ao lema de Trump, “Make America Great Again”. A ação foi orquestrada pelo novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Sidônio Palmeira, e teve grande repercussão entre os membros do governo.
Em resposta, a oposição decidiu adotar o mesmo formato de provocação, com bonés em verde e amarelo e mensagens que criticavam o governo. O novo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, lançou bonés com a frase “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”, fazendo referência ao ex-presidente e propondo uma resposta às dificuldades econômicas do Brasil. Além disso, paródias de marcas e produtos, como uma versão fictícia de café e carne com fotos de Bolsonaro, foram distribuídas para reforçar a mensagem de crítica ao governo atual.
A disputa entre governistas e opositores, apesar de se dar por meio de símbolos e provocações, reflete um cenário político polarizado no início de 2025. A ação com os bonés simboliza uma forma de comunicação política no Congresso Nacional, onde as diferenças ideológicas são frequentemente expressas por gestos simbólicos, em vez de por meio de propostas formais de políticas públicas. A utilização de tais símbolos, ao invés de abordar questões mais substanciais, demonstra a tensão e a competitividade entre os dois lados no atual cenário político brasileiro.